Deputado Federal Paulo Teixeira:
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Explicando melhor: como votou a bancado do PT
Alguns ainda não entenderam as razões do voto da bancada do PT
Para isso tenho que começar explicando o que acho que vem pela frente.
Temos dois cenários possíveis pela frente:
1) Ganhar a votação no Senado, arquivar o pedido de impeachment e voltar a governar o país. Para isso temos que ter votos no Senado e apoio nas ruas. E depois da votação condições de governabilidade, na Câmara , no Senado e nas ruas;
2) Perder a votação no Senado; caso aconteça , o cenário da derrota nos coloca a necessidade de ampliar as forças de resistência no Congresso contra o retrocesso promovido pelo golpista Temer que quer subtrair direitos sociais(Educação e Saúde), previdenciários e diminuir o tamanho do estado, privatizando o pré-sal e reduzindo a participação dos bancos públicos.
Para ambos os cenários temos que ampliar a base de apoio nas ruas e no parlamento, na direção do centro político.
No parlamento , para o pior cenário que é o da derrota, temos que ter uma frente de pelo menos 171 deputados e 28 Senadores, números mínimos para evitar mudanças constitucionais.
Por essa razão, considero que a bancada do PT agiu certo ao indicar o voto em Marcelo Castro pelos motivos que apresento a seguir:
1) Votou contra o impeachment;
2) Foi Ministro do governo Dilma;
3) Comprometeu-se com a cassação de Eduardo Cunha;
4) Derrotou Temer na disputa pela liderança do PMDB;
5) Apoiou Lula e Dilma nas eleições de 2002, 2006, 2010 e 2014;
6) Comprometeu-se contra subtração de direitos e contra a mudança do marco regulatório do pré-sal.
Por todas essas razões, o governo golpista trabalhou pela derrota dele.
Marcelo Castro foi quem mais chegou perto do segundo turno, com 70 votos.
Alguns questionam, porque votamos num candidato do PMDB golpista?
Marcelo Castro não é golpista. Votou contra o golpe.
O Senador Roberto Requião que está fazendo campanha contra o impeachment e vai votar contra o golpe, é do PMDB e pediu voto para Marcelo Castro.
Nem todo mundo do PMDB é golpista.
O PDT indicou voto no Marcelo Castro. O PDT fechou questão contra o impeachment na Câmara. Importante lembrar que o Senador Telmário Mota, grande defensor de Dilma no Senado, é do PDT e algunss senadores do PDT estão considerando a possibilidade de votar contra o impeachment da Dilma.
Com as candidaturas de Marcelo Castro, Luiza Erundina e Orlando Silva, tendo uma pulverização na base de centro esquerda, o PT agiu corretamente diante das circunstâncias.
Não lançou candidato. Maria do Rosário que emprestou seu nome para uma possível disputa, retirou sua candidatura( que diga-se de passagem é uma grande deputada) depois da bancada fazer a discussão e indicar o voto em Marcelo Castro.
Ainda assim, remanesceram companheiras e companheiros que votaram em Luiza Erundina(cerca de 15) e Orlando Silva(+ou – 6).
Outros perguntam: por que não votamos em Luiza Erundina?
Pelo pouco tempo e por equívocos recíprocos, não constituímos um processo de unidade para produzir uma candidatura única e um nome de consenso.
Derrotadas as candidaturas do nosso campo no primeiro turno, a bancada decidiu não indicar voto no segundo turno e permitiu que uma parte da bancada se retirasse do plenário( no meu caso e de mais 25 companheiras e companheiros) que não votamos.
E permitiu que uma parte da bancada votasse numa opção que derrotasse Eduardo Cunha.
Temos que apreender com esse processo e iniciar um debate em torno do novo cenário que se forma a partir da segunda quinzena de agosto, data da votação do impeachment, que requer unidade da esquerda, união nas ruas e amplitude no parlamento.
Quero reconhecer o l importante papel que o líder da bancada Afonso Florence desempenhou!
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