“Há no Congresso uma minoria que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns trezentos picaretas que defendem apenas os próprios interesses.”
Comecei lembrando a declaração acima de Lula, em 1993, em pleno período em que o Congresso Nacional decidia olhando quase exclusivamente para interesses e anseios de minorias opressoras e exploradoras.
Agora, só na Câmara dos Deputados são, no mínimo, 324 parlamentares os que votam contra os interesses dos trabalhadores. Isto ficou claro na votação do PL 4330, que impõe a terceirização desenfreada, que representa a maior regressão de direitos, no meu entender inconstitucional, desde o período da redemocratização do País.
Bastou a passeata da direita, embalada pela manipulação da mídia conservadora, com sua prática de mentir, deturpar e manipular notícias, para que a verdadeira cara dos congressistas se mostrasse, não só na Câmara dos Deputados, mas também no Senado Federal, onde há muitos defensores da regressão de direitos, do entreguismo de nossas riquezas como o pré-sal e, quando não, toda a Petrobrás e de impor restrições à democracia.
Conforme muitos analistas, estamos com o Congresso mais conservador desde 1978, um congresso composto quase exclusivamente por empresários, latifundiários, detentores de meios de comunicação de massa, além de machistas e maioria esmagadora de brancos e patrões.
Isto ocorre principalmente pela imposição pelas classes dominantes de um sistema político onde prevalece o interesse do dinheiro e se pisoteia direitos dos trabalhadores. Uma legislação eleitoral que, entendo inconstitucionalmente, permite o uso do financiamento empresarial de campanha.
Agora, não podemos ficar parados quando novamente os parlamentares impõem derrotas à nação. Vamos reagir, pois senão amanhã serão outros setores do atraso, da ditadura e da opressão e exploração que estarão mostrando suas garras.
Em diversos momentos da vida política brasileira, quando a elite vinculada aos estrangeiros, mostraram políticas antinacional, antidemocrática e antipopular, o povo trabalhador soube agir, conquistar direitos e não os perder. Vivemos um momento como este.
Precisamos conquistar direitos, assegurar reformas estruturais e não perder direitos e ver piorar o país e a situação das maiorias que constroem a riqueza da nação.
Por isso, integrante do povo trabalhador, homens e mulheres, jovens, estudantes e desempregados é hora de união, de acompanhar os eventos em curso implementados pelo movimento sindical, pelas organizações dos trabalhadores em geral, pelos movimentos das mulheres e participar deles.
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