Por Wladimir Pomar, publicado originalmente no Correio da Cidadania
Voltando à nossa discussão sobre o socialismo, apesar das prementes questões da conjuntura econômica e política brasileira, temos que concordar com Cláudio Katz quando afirma que a “experiência legada pelo primeiro ensaio de gestão estatal não capitalista em grande escala foi enorme”. Sem dúvida, “compreender por que a União Soviética desmoronou” é uma das condições “para reabilitar o projeto socialista”.
Mas Katz, logo depois, resvala na exigência não só de reconhecer como válida a “natureza não capitalista” do ensaio soviético, mas também de supor que “os ideais socialistas se dissiparam com a estabilização de uma burocracia hostil ao igualitarismo e à democracia”. Ou seja, ele não arreda pé de que socialismo seja igualitarismo, que igualitarismo seja o parâmetro para avaliar as tentativas socialistas, e que o socialismo deve negar a existência de qualquer resto capitalista em sua sociedade.
Vê-se, assim…
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