Como é que as sociedades não têm consciência de classe, acreditam em desígnios nacionais, aceitam o que as elites dizem como verdades supremas, crêem em inimigos externos e se acham diferentes de acordo com as fronteiras que não são mais que imaginárias/políticas? Pois, António Gramsci — uma das grandes influências da liderança do Podemos — há uns oitenta anos atrás já nos explicava o porquê de tudo isto.
Antonio Gramsci, Filósofo e político italiano, é particularmente reconhecido pelo desenvolvimento do conceito de hegemonia e bloco hegemónico e igualmente por concentrar o estudo dos aspectos culturais da sociedade — a denominada superestrutura no marxismo clássico — como elemento a partir do qual se poderia realizar uma acção política e como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia.
Apelidado, em certos meios, “o marxista das superstruturas”, Gramsci, a partir do conceito de “bloco hegemónico”, atribui à separação entre infraestrutura —…
Ver o post original 353 mais palavras